A Bevap (Bioenergética Vale do Paracatu) está otimista para a safra 2025/26 e mira um novo recorde de produção. Segundo Newton Santana, presidente da companhia, a meta é processar 3,4 milhões de toneladas de cana na nova temporada, alcançando o teto da capacidade instalada da fábrica. “Estamos muito confiantes e nos preparando para isso. Reforçamos todas as equipes e as práticas de entressafra com foco total em produtividade”, afirmou.
A empresa vem de um ciclo de transformações iniciado em 2022, com mudanças na governança e ajustes operacionais que resultaram na quebra do primeiro recorde de um corte só: 3 milhões de toneladas de cana. Para a nova safra, a usina aposta em uma gestão eficiente, custos controlados e maior produtividade.
Cenário favorável e mix de produção
O planejamento da Bevap está alinhado às condições de mercado, e a empresa assegurou a fixação de preços dentro da política permitida, tanto para açúcar quanto para etanol. O mix de produção projetado é de 58% de açúcar e 42% de etanol, totalizando aproximadamente 260 mil toneladas de açúcar e 120 mil m3 de etanol.
“No contexto geral, estamos bem-posicionados e preparados para começar a moagem na primeira quinzena de abril. A precificação do açúcar está ajustada e a do etanol também já foi bem encaminhada com contratos em andamento”, explicou o presidente à CanaOnline.
Para sustentar o crescimento, a Bevap está promovendo investimentos preparatórios para os próximos anos. Entre as principais iniciativas, está a reforma de mil a 3 mil hectares de canaviais, abrangendo tanto áreas próprias quanto de fornecedores. “Estamos comemorando o aumento da participação dos fornecedores, que devem entregar mais de um milhão de toneladas de cana, algo inédito na Bevap”, destacou.
A empresa também avalia a viabilidade da produção de biometano a partir da vinhaça, sem comprometer a qualidade da torta de filtro, que é rica em fósforo e utilizada no manejo da soqueira. “Estamos estudando a possibilidade de um uso exclusivo da vinhaça para biometano, pois isso garantiria a preservação do seu teor nutritivo”, concluiu o executivo.
Fonte: Cana Online – 10/03/2025
