Biocombustíveis e créditos de carbono: uma relação sustentável

Você sabia que o mercado de biocombustíveis e os créditos de carbono estão diretamente relacionados? Para além de serem iniciativas sustentáveis, um pode impulsionar o outro. Saiba mais. 

Antes de tudo, é necessário entender o que significa o termo crédito de carbono e qual é a sua aplicação. O crédito de carbono surgiu em 1997, junto com o Protocolo de Kyoto, elaborado na 3ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. O Protocolo de Kyoto foi o primeiro tratado internacional com metas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE). 

A partir da criação do protocolo, surgiu a possibilidade de vender ou comprar créditos de carbono. A cada tonelada de carbono que deixa de ser emitida ou é capturada da atmosfera, gera-se um crédito de carbono. A negociação pode ser feita entre governos ou empresas. 
Uma maneira de produzir créditos de carbono é adotar soluções que reduzam a emissão de GEE, como a substituição dos combustíveis não renováveis pelos biocombustíveis. O etanol, por exemplo, pode emitir até 90% menos gases poluentes do que a gasolina.

Os biocombustíveis reduzem a emissão de carbono

Relação entre biocombustíveis e créditos de carbono

Os biocombustíveis e os créditos de carbono podem se impulsionar mutuamente. Reduzir a emissão de GEE gera mais créditos de carbono, de modo que os biocombustíveis tornam-se mais atrativos no mercado e recebem mais investimentos para a produção. Essa relação torna-se um ciclo sustentável e positivo, tanto em termos econômicos quanto ambientais. 

Programas de incentivo

Com todas as vantagens econômicas e sustentáveis relacionadas aos biocombustíveis e aos créditos de carbono, surgem políticas para impulsionar ainda mais o setor. A Política Nacional de Biocombustíveis – RenovaBio foi criada para contribuir com o cumprimento dos Acordos de Paris. O projeto tem como meta reduzir as emissões de GEE, promovendo a expansão dos biocombustíveis e assegurando a previsibilidade do mercado de combustíveis. 

Tal previsibilidade é garantida a partir do estabelecimento de um mercado de créditos de descarbonização (CBIOs). Os créditos são vendidos por usinas produtoras de biocombustíveis e cada um representa uma tonelada de CO2 que deixou de ser emitida na atmosfera. Saiba mais sobre programas e leis de incentivo à produção de biocombustível no Brasil.  

Confira também: O papel do etanol na diminuição da pegada de carbono