A cana-de-açúcar na indústria de cosméticos

Não é nenhuma novidade que a cana-de-açúcar tem grande importância na indústria de biocombustíveis (a partir do etanol) e de alimentos (com açúcar e seus derivados). Contudo, essa matéria-prima pode ser usada em outros setores, como na produção de cosméticos, por exemplo.

Além de servir como biocombustível, o etanol também pode ser utilizado como ingrediente para cosméticos e tem diversas utilidades:

Solvente: deixa a fórmula mais homogênea, pois ajuda a dissolver outros ingredientes;

Conservante: inibe o crescimento de bactérias e fungos;

Veículo: facilita a entrada de ativos na pele;

Adstringente: remove o excesso de oleosidade;

Agente secante: acelera a secagem de produtos como esmaltes. 

A ação adstringente e o toque seco são as principais características do etanol que contribuem para a formulação de cosméticos, especialmente para linhas de produtos voltados para peles oleosas. 

O chamado etanol de segunda geração (E2G) também pode ser utilizado na indústria da beleza. Ele é feito a partir dos resíduos vegetais da cana-de-açúcar, como palha, folhas e bagaço, e, por isso, tem uma participação importante na economia circular, um modelo que visa reduzir o desperdício e prolongar a vida útil dos recursos. Saiba mais sobre a participação da cana-de-açúcar na economia circular
Um dos exemplos mais famosos do E2G na produção de cosméticos é do Grupo Boticário, que começou, em 2019, a lançar perfumes com etanol de segunda geração. Iniciativas como essa reforçam o potencial do etanol na indústria e economia brasileira, além de mostrar uma nova maneira de aproveitar ao máximo os recursos naturais.

O perfume Seja Como Flor, da Quem Disse Berenice (Grupo Boticário), tem etanol de segunda geração em sua composição. 
Créditos: Imagem de divulgação

Saiba mais sobre a cana-de-açúcar na indústria de alimentos.